Despachados

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Andava pela Liberdade, senti saudades de ti.
Caminhei mais um pouco e cheguei ao Cambuci.
Andando pela Mooca,
conheci uma chinoca,
uma gaúcha valente
que me levou para a Vila Prudente,
uma mulher que se tornou meu bem.
Casamos e fomos morar no Belém.
Seu nome: Maria José,
e tinha um sonho: Morar no Tatuapé.
Quando mudamos para a Penha de França,
Maria teve uma criança.
Na Zona Leste mudamos para o Jardim Nordeste,
mas quis o destino cruel
que não desse certo. Fui parar em São Miguel.
Depois de muita discussão
mudamos para a Vila Carrão.
Arrumei emprego na metalúrgica e ganhei muita grana,
daí, mudamos para Santana.
Gastei tudo com bebida e mulher; quase fiquei “tantã”.
Fomos despejados para o Butantã.
Nesta vida só levei tapa
até mudarem meu barraco para a Lapa.
Não sei como terminar esta história, só sei que eu e minha “veia”
estamos agora num Asilo da Pompéia.